Ano Novo, Vida Nova?

Sabe porquê? Mudar é
difícil, exige que a gente saia da zona de conforto, faça coisas que não somos
acostumados a fazer ou nunca fizemos antes e o mais importante de tudo; é
preciso mudar o comportamento! Isso mesmo, as pessoas querem coisas novas, mas
continuam tendo o mesmo comportamento todos os anos. Ao ler isso você pode ter
questionado: então será mais um ano que nem todos os outros, onde vou fazer um
monte de promessas e não cumprirei nem a metade delas? Fique calmo, é difícil,
mas não é impossível! Aqui vão algumas dicas: tenha metas realistas, reconheça
que como todo mundo você tem limitações e potencialidades, crie um plano de
ação a curto, médio e longo prazo e o mais importante de tudo; dê o primeiro
passo. Começar é fundamental, mas muitas dificuldades irão te fazer acreditar
que é mais fácil desistir e é nesse momento que um bom profissional pode ser
necessário, te ajudando a entender melhor a situação e passar por esse momento
de forma menos dolorosa e mais eficiente.
Na psicologia por exemplo, nós temos uma técnica
chamada de Planejamento de Tarefas Graduais. Essa técnica pode nos ajudar a
fazer tarefas que consideramos muito grandes ou complicadas, dividindo-as em
pequenas partes para que possam ser realizadas com maior facilidade (ex.
arrumação de casa, iniciar atividades físicas, mudanças de hábitos alimentares
etc). Um dos pontos principais desse planejamento é observar o que você pensa
sobre a tarefa a ser realizada, se preferir anote seus pensamentos em um papel e em seguida
avalie se você considera a tarefa fácil ou difícil e caso seja a segunda opção
dívida a tarefa em pequenas partes até que possa ser atingido o objetivo final.
Exemplo: Se uma pessoa tem como meta correr 10 km até o fim do ano, mas nunca praticou esse tipo de atividade antes, então não será uma meta
para se atingir em uma semana, essa será uma meta para ser atingida à
longo prazo. Mas tendo como base o Planejamento de Tarefas Graduais nós vamos definir
o que você precisa fazer a curto e médio prazo para atingir seu objetivo final.
Então, a curto prazo uma boa opção nesse exemplo pode ser começar caminhando, e
conforme for ganhando resistência vai aumentando a distância da caminhada até
que no médio prazo consiga começar a correr pequenas distância e ir aumentando
progressivamente. É importante lembrar que nem sempre teremos tempo e
disposição o suficiente para nos dedicarmos as nossas tarefas como gostaríamos,
por isso é fundamental avaliar se a meta está sendo racional. Pois, se
pensarmos em alguém que tem uma rotina muito intensa e cansativa, a meta pode
ser diminuída para 5km até o fim do ano, buscando atingir os 10km no ano
seguinte, ou seja, devemos ter metas realista dentro de nossas possibilidades.
Essa técnica não funciona como uma receita de bolo, por
isso nem todo mundo atingirá os mesmos objetivos seguindo o mesmo caminho e no
mesmo prazo, então valorize cada avanço mesmo que pareça pequeno e simples, já
que a forma como interpretamos uma situação influencia diretamente nos nossos
sentimentos em relação a mesma. Ou seja, você pode não ter atingido totalmente
a sua meta, mas pode ter alcançado boa parte dela e esse progresso deve ser
valorizado,
As tentativas podem não ser totalmente bem-sucedidas
se for uma tarefa difícil e por isso é importante dividi-la em partes menores
que podem ser mais facilmente atingidas e o progresso valorizado, outro fato é
que quanto mais você praticar, mais fácil fica. Sempre lembrando que cada
pessoa tem o seu ritmo, suas limitações e potencialidades, assim, dependendo da
sua meta é extremamente necessário a avaliação e acompanhamento de algum
profissional capacitado. E se mesmo com essas reflexões você ache difícil lidar
com essas questões, um bom projeto para o novo ano pode ser fazer Psicoterapia, pois se conhecer melhor pode ajudar bastante a definir objetivos e atingi-los de
maneira satisfatória!
Wright, Jesse H. - Aprendendo a terapia cognitivo-comportamental [recurso eletrônico] : um guia ilustrado / Jesse H. Wright, Monica R. Basco, Michael E. Thase ; tradução Mônica Giglio Armando – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2008.
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